O FaceApp rouba os dados dos usuários?

Com várias funcionalidades e possibilidades até divertidas, o FaceApp é muito utilizado para quem deseja se ver em outros contextos (mudança de gênero e velhice, por exemplo). Mas, todas as vezes em que o FaceApp cai nas graças dos usuários, surgem boatos de que ele roube dados e que seja inseguro. Fica a pergunta: isso é verdade? O FaceApp é ou não é um aplicativo seguro? A resposta para cada uma dessas perguntas você vai descobrir nos tópicos abaixo.

 

Entenda o que é o FaceApp

 

Desenvolvido pela empresa Wireless Lab, o FaceApp é um aplicativo que permite edição de fotos através de inteligência artificial. Está disponível para iOS e Android. Ele tem sido muito usado para que os usuários façam simulações de como seriam no gênero oposto, por exemplo. Ou para saber como serão ao chegar na terceira idade. Muitas pessoas – anônimas ou famosas – tem usado esse aplicativo e isso tem feito do FaceApp um dos aplicativos mais populares da atualidade.

 

Mas essa popularidade vem também das denúncias e polêmicas em que a empresa Wireless Lab está envolvida – e por tabela, o FaceApp. A maior delas está ligada a sua política de privacidade que possui algumas brechas e que já foi alvo de investigações até mesmo do FBI.

 

A polêmica política de privacidade do FaceApp

 

Os termos da política de privacidade não são tão claros e isso dá brechas para que a Wireless Lab colete dados dos usuários, como:

 

  • histórico de compras
  • as fotos que os usuários usam no app
  • modelo do celular do usuário
  • consumo de dados

 

Por não ter uma política de privacidade muito clara, o FaceApp é constantemente alvo de investigações e denúncias. Em agosto do ano passado, o Procon multou a Google e a Apple por disponibilizar esse aplicativo em suas plataformas – as multas até hoje não foram pagas pois as duas empresas entraram com recursos. A acusação do Procon foi de que tanto a Apple quanto a Google ofereceram um serviço aos usuários que não garantia proteção aos usuários.

Outra polêmica envolvendo o FaceApp está em uma de seus filtros. Muitos usuários e até mesmo pesquisadores da área de comunicação alegaram que o respectivo filtro transformava pessoas negras em brancas ou com traços eurocêntricos. Os desenvolvedores do FaceApp foram acusados de racismo e a Wireless Lab retirou o filtro do aplicativo alegando que isso não era intencional.

 

As brechas nas políticas de privacidade também dão brechas para fraudes em plataformas de reconhecimento facial e até mesmo para deepfakes. As fotos produzidas pelos usuários já foram usadas em perfis falsos em várias plataformas como o Tinder e Facebook. Além disso, os termos da política de privacidade dão à Wireless Lab a possibilidade de processar, armazenar e transferir as informações dos usuários para outros países sem que o usuário seja notificado.

Mas, afinal de contas: o FaceApp rouba ou não os dados do usuário?

 

Com tudo o que foi dito acima, o que se pode concluir é que o FaceApp não é um aplicativo que apresenta segurança para os usuários mas que isso não é algo das suas funcionalidades e sim, da sua política de privacidade que precisa passar por mudanças para que não haja outras interpretações.

 

Apesar de todas as polêmicas, acusações e investigações, a Wireless Lab garante que as fotos não ficam armazenadas por muito tempo (entre 24 e 48 horas após a última edição). A Wireless Lab também garante que utiliza criptografia e isso dá ao usuário maior segurança ao usuário. Outra novidade foi a terceirização do armazenamento – que agora conta com provedores terceirizados.

 

E você, o que pensa sobre este assunto? Já utilizou o FaceApp? Conte aqui nos comentários o que você pensa a respeito e como foi a sua experiência com ele.



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